quarta-feira, 28 de maio de 2014

COM A PALAVRA, O COZINHEIRO E FOTÓGRAFO GILUCCI AUGUSTO




Bem Baiana: Quando você cozinhou pela primeira vez? Como você deu inicio a área gastronomica?
Gilucci: Minha mãe sempre comenta que desde muito novinho eu já não queria sair da cozinha, mas o que me lembro com mais nitidez é da época que eu já tinha 12 anos de idade e ajudava meu pai a colocar o feijão no fogo, eu cortava as linguiças e outras carnes e temperos, refoga uma coisa aqui e outra lá. E isso foi evoluindo até eu começar a cozinhar massas de macarrão e criar uns “molhos loucos” para elas.
Mas o amor forte pela gastronomia e a dedicação profissional se deu inicio aos 18 anos de idade quando comecei os estudos em um curso profissionalizante do SENAC.

Bem Baiana: O que você considera importante nessa área?
Gilucci: Ter disciplina é um bom começo, mas a paixão exacerbante pelos estudos, prática e vivência dentro e fora da cozinha são coisas que diferenciam os profissionais e até mesmo os amantes da gastronomia. Ser cozinheiro vai além de adquirir uma boa técnica e executar receitas, exige ter uma boa diversidade cultural, portanto, viajar, ler e de forma geral conhecer costumes e historia de outros povos ajuda muito no entendimento do uso de ingrediente variados e à aplicação de técnicas durante o manuseio dos mesmo.

Bem Baiana: O que você mais gosta na gastronomia?
Gilucci: Na gastronomia, eu amo o poder que ela tem de manifestar as diversas faces do povo e suas microculturas, costumes e tradições.

Bem Baiana: Como você vê a gastronomia baiana? Qual a importância dos ingredientes e criatividade baiana?
Gilucci: Vejo a gastronomia baiana como uma avó que guarda segredos e costumes de uma tradição antiga e importante, mas que sente necessidade de passar todo conhecimento adiante para que seus netos possam reinventar e fazer algo que seja além do aspecto artesanal que toca a tradição, mas que se fala a arte que represente também os tempos modernos e o pensamento interpretativo da nova geração. Os ingredientes contam a historia do nosso povo, suas dores, alegrias, vitorias e perdas, mas também são peças fundamentais para a criatividade do cozinheiro que queira se arriscar a domar ingredientes de personalidades tão forte e marcante.

Bem Baiana: O que eh que a Bahia tem?
Gilucci: A Bahia tem um povo maravilhoso que possui o poder de transformar tristeza em alegria, lagrimas em sorrisos e danças, antipatia em simpatia e muitos mais, e com o tempo todo esse carisma e poder de transformação irá refletir em uma gastronomia moderna, mas ligada ao fator ancestral e cultural  que esse povo carrega com orgulho. E assim todo potencial e versatilidade de seus produtos e técnicas será disseminado ainda mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário